Impacto da pandemia na saúde mental das mulheres

O impacto da pandemia na saúde mental, infelizmente, ainda não deu sinais de melhora. Já estamos há mais de 12 meses nessa “quarentena” interminável, desde que a OMS decretou oficialmente a crise sanitária.

O Brasil, que já ocupava o posto de segundo país das Américas que mais sofre com casos de depressão e ansiedade, viu uma piora na sanidade de seu povo, tanto por conta da própria pandemia quanto pelo seu prolongamento.

Pessoas que já sofriam de algum transtorno emocional, pioraram; pessoas que não tinham nenhum quadro ainda, começaram a procurar ajuda para sobreviver a tudo isso.

E do outro lado?

Pois é, por conta de tudo isso, as empresas vêm aprimorando as ações de cuidados com a saúde mental de seus colaboradores.

Que bom! Afinal, se antes já era difícil separar a vida pessoal da vida profissional, hoje em dia, com o trabalho formal literalmente dentro de muitas casas, a tênue linha divisória entre essas “duas vidas” tornou-se inexistente e os problemas “de casa” e “do trabalho” se entrelaçaram.

Ainda que essas ações estejam implantadas ou em andamento nas organizações, uma situação é real: as mulheres são as que mais têm sentido o impacto da pandemia na saúde mental.

Pois, a crise não é apenas sanitária; é humanitária e é financeira. E escancarou o que muitas já sabiam: a maioria das mulheres cumpre jornada dupla, às vezes tripla, e o esgotamento físico e mental acelera ou desperta doenças emocionais, como a depressão, a ansiedade e o stress.

Mas, por que as mulheres estão sofrendo mais com as questões emocionais na pandemia?

Saúde mental da mulher e o impacto da pandemia

São muitos os fatores que se misturam e causam impactos tão negativos ao dia a dia das mulheres. O fato de muitas trabalharem em jornadas duplas é, evidentemente, o mais nocivo.

Mesmo que algumas tenham com quem dividir os seus afazeres domésticos, muitas ainda se sentem responsáveis (ou são responsabilizadas) pela maior parte dos serviços. Isso sem falar naquelas que não têm com quem dividir tarefas domésticas, filhos, família, contas…

Os impactos diferem até mesmo por setor de atuação. Na saúde, por exemplo, há milhares de mulheres na linha de frente, enfrentando a pandemia minuto a minuto. Muitas vezes, tendo de abdicar da própria família para atender a turnos extras ou evitar a proliferação do vírus em casa.

E o home office? Bem, esse invadiu a casa das mulheres que trabalham em atividades de escritórios. Essas profissionais começaram a misturar suas metas corporativas com as aulas on-line dos filhos, com a preparação das refeições, com os cuidados com um ente adoecido, com os feedbacks dados e recebidos, com as videoconferências… Mais uma infinidade de outras ações!

E não se limita a isso: os cuidados com o próprio bem-estar também foram negligenciados, ficando cada vez mais de lado, assim como a autoestima.

Sim, é difícil. E, o prognóstico não é dos melhores: as sequelas pelas jornadas de trabalho – profissional e pessoal, por viveremos em uma sociedade (ainda) machista e pelos lutos não superados, ainda vão se estender por muito tempo.

Por essas razões, e por tantas outras – que dariam conteúdo para outro artigo inteiro –, é que as empresas precisam dedicar-se a projetos que promovam os cuidados necessários para a sanidade mental de suas colaboradoras.

O que as empresas podem fazer para apoiar as colaboradoras

As empresas têm de ter clareza de que não estão todas no mesmo barco. Podem estar no mesmo mar, mas cada mulher tem barcos, isto é, recursos diferentes à sua disposição.

Por isso, o primeiro passo a ser dado é entender o contexto de cada colaboradora. Ah… E independentemente do tipo de relação comercial, se CLT ou PJ! Pois, como sabemos, depois da reforma trabalhista e com a pandemia do Coronavírus, o futuro do trabalho se desenha em diferentes relações entre empregado e empregador.

Assim, tratar as colaboradoras de modo segregado, em que as celetistas têm mais benefícios que as PJs, pode agravar ou detonar uma crise de clima e engajamento. Portanto, atenção para não debilitar a relação com as profissionais que não são CLT.

Mas, voltando às possíveis ações que as organizações podem adotar, fizemos uma lista de 5 sugestões:

1.      Uma pesquisa pulse, de qualidade de vida com as colaboradoras, é o caminho para identificar o contexto de cada mulher

Essa pesquisa é importante para desenhar as propostas de apoio às colaboradoras. Como, por exemplo, entender se faz sentido adotar uma política de benefícios flexíveis, em que a mulher possa escolher se prefere receber VA, VR ou comprar no delivery.

2.      Rodas de conversa sobre saúde mental, conscientização sobre questões sociais, organização do tempo de trabalho e rotina familiar

Importantíssimo para que as mulheres percebam que não estão sozinhas! E que muitas vezes, mesmo em uma situação difícil, ainda podem dar apoio a uma colega. Não está no dicionário, mas faz parte do nosso vocabulário: sororidade! Vale destacar o quão fundamental é contar com uma profissional especializada para atuar como mediadora nestas rodas de conversa.

3.      Auxílio-terapia ou incentivo ao acompanhamento psicológico

Se algumas empresas ainda não tinham percebido, a crise provou: a colaboradora que está bem emocionalmente é muito mais produtiva no trabalho. A empresa que reconhece a importância da saúde mental no ambiente de trabalho precisa agir em prol da saúde emocional das mulheres, por meio de pagamento de benefícios, ajuda de custo ou parcerias que garantam desconto com especialistas.

4.      Uma cultura leve, fazendo mudanças se necessário

Falando novamente sobre o futuro do trabalho, mas trazendo para o presente: nenhuma mulher quer trabalhar em empresa que comete assédio ou bullying com elas. O employee experience ganha cada vez espaço e todos tendem a ganhar. Empresas que oferecem uma boa experiência para as mulheres têm muito mais chances de atrair os melhores talentos para dentro de casa! Pense nisso!

5.      Os líderes podem estar mais próximos

Podem e devem estar mais próximos de suas equipes. Mas, calma! Não queremos que você ou outras lideranças adoeçam para blindar a equipe. As pessoas que estão líderes também estão passando por todos os impactos que a pandemia trouxe à saúde mental. Por isso, quanto mais fortalecida você e a liderança de sua empresa estão, menos dramáticos serão os impactos desta crise com as equipes.

Em nosso catálogo de cursos, temos conteúdo para ajudar a liderança a se fortalecer para este e outros momentos. Nossos treinamentos têm método exclusivo, são personalizados para a necessidade de sua empresa e com excelência na entrega e no resultado.

Também já demos outras dicas sobre o que a liderança pode fazer pela saúde mental das equipes. Para saber mais, indicamos a leitura deste artigo.

Lembre-se: essas e outras dicas que estão em nosso blog não precisam e, na verdade, nem devem, ser implementadas de uma só vez. Um passo para frente, às vezes um para trás, mas mantendo o equilíbrio. E sempre conte com a Vislumbre RH para seu crescimento pessoal e profissional!

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