A resistência ao novo é um desafio que toda liderança enfrentará diversas vezes ao longo da carreira. Não pense que essa resistência vem somente da equipe de subordinados; muitas vezes, o próprio board da empresa se mostra relutante às mudanças. E, em tantas outras vezes, quem resiste à mudança é você.
Mudar sempre é um desafio, e todo desafio nos desacomoda, nos coloca em alerta e nos faz acreditar que temos de sair da “zona de conforto”. Mas, nós sempre evoluímos com as mudanças.
O fato é que ninguém quer entrar em uma empreitada nova sem saber qual o motivo e se há planejamento para uma mudança. Mesmo as empresas com gestão ágil – portanto, erros até acertos mais dinâmicos – precisam de planejamento.
Por isso, ao identificar a necessidade de uma mudança na equipe, ou que você seja acionado para transmitir novidades organizacionais aos colaboradores, é essencial que haja planejamento e que alguns aspectos estejam bem definidos: quais os papéis e responsabilidades de cada pessoa e qual o propósito da mudança.
E, sem sombra de dúvida, uma comunicação clara desde o princípio é fundamental para evitar rumores e oposição.
Mas, primeiramente, precisamos entender o porquê as pessoas têm dificuldade em aceitar as novidades. E temos certeza de que você pode se surpreender com as respostas.
As pessoas resistem ao novo por medo e preguiça
Existem dois fatores principais que provocam a resistência às mudanças: medo e preguiça. Mas, não se sinta culpada e nem mesmo aponte o dedo para os colaboradores de sua empresa, especialmente os mais resistentes às mudanças. Essas reações para se manter em “piloto automático” são neurológicas e focadas na autopreservação.
Para entender melhor: apenas para estarmos vivos e desempenhando nossas funções vitais, o cérebro consome cerca de 20% de nossa energia corporal. É muita coisa! Assim, inteligentemente, tudo o que esse órgão puder fazer para poupar energia, ele fará.
Ao ser apresentado a novos temas, a primeira reação cerebral é, de fato, resistir para poupar energia. O cérebro sempre priorizará a nossa sobrevivência. Mas, ao entender melhor os motivos para ele agir assim, mais facilmente você poderá superar e ajudar outras pessoas a superarem a resistência ao novo.
Medo
Os seres humanos têm a falsa crença de que estão em segurança e têm certa estabilidade agindo sempre da mesma forma, em qualquer aspecto da vida. Quando somos apresentados a uma mudança, o cérebro logo reage com resistência, visando evitar riscos para fugir da dor e, consequentemente, poupar energia.
Preguiça
O termo “preguiça” tem um aspecto pejorativo, mas é uma reação neurológica, também. Ao nos depararmos com algo novo, o sinal de alerta é aceso e o cérebro reage, afinal, como já sabemos, fazer algo com menos esforço é melhor. E encarar o novo dá trabalho e nos faz gastar energia, então, resistir à mudança é uma ação de autoproteção.
Em resumo: nosso cérebro tenta encaixar as situações novas as quais somos apresentados em memórias pré-estabelecidas, de modo que o órgão não tenha que gastar tanta energia trabalhando em novas atividades.
Mas, agir sempre da mesma forma não gera evolução. E se você, como líder, precisa entregar resultados, também deve estimular a si mesmo e à sua equipe a romper esses paradigmas e a aceitarem as novidades com menos resistência.
3 dicas para lidar com a resistência à mudança
Se você chegou ao momento de apresentar as novidades ou de demandar mudanças para a sua equipe, tenha em mente essas três dicas para lidar com a possível resistência do seu time e fazer uma transição mais harmoniosa.
1. Dê abertura para as pessoas falarem
Após apresentar as mudanças, dê um tempo para as pessoas absorverem o tema e peça o feedback delas. Deixe que elas falem abertamente e se sintam seguras ao conversar com você. Além da possibilidade de entender o motivo da insegurança e da resistência àquilo que foi apresentado, você terá novos pontos de vista aos quais não tinha sido apresentada antes. É uma chance até de rever a estratégia de mudança.
2. Explique os papéis de cada um
Como falamos lá no início, nem você e nem sua equipe se sentirão seguros ao embarcar em uma mudança sem entender se aquilo vai gerar algum benefício, em curto ou longo prazo. O cérebro vai funcionar melhor quando ele entender que há um motivo atrativo para “gastar energia” com a novidade. Portanto, levante o máximo de informações possíveis e apresente claramente os papéis de cada um na nova estratégia. Deixe-os que se sintam seguros com as mudanças.
3. Coloque-se no lugar do outro e estimule a equipe para isso também
Mudar a perspectiva é uma boa dica para não se fechar a uma novidade, mesmo que isso signifique que a visão do outro seja melhor ou pior do que aquela que você conhece. Assim, além de você se colocar no lugar do outro, estimule o mesmo em sua equipe.
Lembre-se de que você e sua equipe serão cobrados por ou a partir dessas mudanças. Por isso, é fundamental que, depois da comunicação, você acompanhe a evolução do time.
Se os resultados estiverem abaixo das expectativas, invista em uma nova conversa. Ou, identifique aqueles membros que estão com mais dificuldade e tenha uma reunião deum a um para se aprofundar nas motivações de seu colaborador.
Aperfeiçoe suas habilidades como líder!
Nem todas as mudanças são bem aceitas ou possíveis de serem implementadas da noite para o dia. Mas, com os conhecimentos e recursos certos, você e seu time vão longe!
Foi pensando em promover o acesso às melhores práticas de liderança que desenvolvemos alguns treinamentos que vão ajudar você a impactar diretamente no dia a dia da organização.
Temos metodologia inovadora para formar ou desenvolver líderes, inclusive no papel de multiplicador. Assim, além de transformar o seu treinamento em um evento inesquecível, você conseguirá transmitir a informação com clareza, confiança, de forma positiva e focando nos benefícios que as mudanças trarão a todos.
Convidamos você a passar pela vitrine de cursos da Vislumbre RH e pedir o seu orçamento. Nossos treinamentos são interativos e baseados na ação, pois nosso foco é o aumento da aprendizagem real.
